FILMES QUE VOCÊ DEVE EVITAR PRA NÃO SE ESTRESSAR
''THE INTRUDER'', UMA PEQUENA OBRA-PRIMA DO MESTRE ROGER CORMAN


- Elenco: William Shatner, Frank Maxwell, Beverly Lunsford, Leo Gordon, Charles Barner, Jeanne Cooper;
- O roteiro foi escrito a partir da obra de Charles Bearmond, "The Intruder", de 1958;
- Foi produzido por Edward Small, da United Artists;
- Foi filmado durante três semanas e meio nas cidades de East Prairie, Charleston e Sikeston,
- Foi o único filme em que Roger Corman perdeu dinheiro:
- O filme passou no final do ano passado numa sessão do Raros na Sala P. F. Gastal,
- O filme está disponivel no canal You Tube.
"PLAN 9 FROM OUTER SPACE" É TÃO RUIM....MAS TÃO RUIM.... QUE CHEGA A SER BOM


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- O filme se encontra disponível no You Tube com legendas em português;
- Elenco: Tor Johnson, (que era um lutador de ringues), Bela Lugosi, Criswel, (um vidente de quinta categoria), Maili Nuruni, (apresentadora de TV de filmes de terror), Gregory Walcatte, Duke Moore, Paul Marco.
- Filmografia entre direção, roteiro e estórias:
- The Streets of Laerdo, 48;
- The Sun Was Setting, 51;
- The Lawless Rider, 52;
- Glen or Glenda, 53;
- Crossroad Avenger, 53;
- Jailbait, 54;
- Bride of the Monster, 55;
- The Violet Years, 56;
- Plan 9 From Outer Space, 56;
- The Final Curtain, 57;
- The Night The Banshee Cried, 57;
- The Bride and the Beast, 58;
- Night of the Ghouls, 58;
- The Sinister Urge, 59;
- Shotgun Wedding, 63;
- Orgy of the Dead, 65;
- For Love of Money, 69;
- One Million AC/DC, 69;
- Operation Redlight, 69;
- The Photografer, 69;
- Take it out Intrade, 70;
- The Under House, 71;
- Necromania, 71;
- The Undergraduate, 71;
- Class Reunion, 72;
- The Coctail Hostes, 72;
- Dropout Wif, 72;
- Fugitive Girls, 74;
- 12 filmes for the sex education correspondent school, 75;
- The Beach Business, 76.
OS 'MAIS RUINS' DOS 'PIORES' VAI FAZER VOCÊ REFLETIR SE VALE A PENA CONTINUAR VIVENDO.....
1) A Reconquista (Battlefied Earth).

2) Batman e Robin.

3) Cada um Tem a Gêmea que Merece
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4) Plan 9 From Outer Space
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5) Cinderela Baiana
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6) Jesus Cristo, Caçador de Vampiros
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7) O Cérebro Que Não Queria Morrer

8) Ovelhas Assassinas

9) Anaconda 2 - A Caçada Pela Orquídea Sagrada

10) Qualquer um do Eddie Murphy. Escolha.....
'O BEBÊ DE ROSEMARY'. O PIOR MEDO É AQUELE QUE VOCÊ NÃO VÊ



- Elenco: Mia Farrow, John Cassavets, Ruth Gordon, Sidney Blackmer, Maurice Evans, Ralph Bellamy, Charles Grodin, Victoria Vetri;
- Música: Krzysztof Komeda;
- Roteiro: Roman Polanski baseado num livro de Ira Levin;
- Ruth Gordon venceu o Oscar daquele ano na categoria de melhor atriz coadjuvante e também o Globo de Ouro;
- Foi indicado ao Oscar como melhor roteiro adaptado;
- Mia Farrow venceu o prêmio David di Donatello na Itália como melhor atriz estrangeira;
- O produtor William Castle recebeu ameaças de morte por causa do tema Anticristo;
- O edifício Dakota é onde morava John Lennon quando foi assassinado em frente ao mesmo.
O 'TINHOSO' GANHA STATUS NO FILME MAIS ASSUSTADOR DE TODOS OS TEMPOS
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- Ganhou o Oscar de 1974 de Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Som;
- Ganhou 4 Globos de Ouro;
- Ganhou nas categorias de melhor filme de terror, maquiagem, efeitos especiais e melhor roteiro no Fantasy & Horror Films, da Academy Of Sciense Fiction;
- Foi o 1° e único filme do gênero terror a ser indicado ao Oscar;
- Teve sequências em O Exorcista II, O Exorcista III, O Exorcista - O Início, e Domíno: Prequela de O Exorcista;
- O grunido do demônio foi captado de sons de porcos e vacas levados para o abate;
- Foi controverso devido ao alegado uso de imagens subliminares, o que foi confirmado pelo diretor;
- Linda Blair, a menina personagem nunca conseguiu se desvincular de seu papel e não conseguiu deslancha na carreira.
UM FILME PRA LÁ DE AMALDIÇOADO.....
Tem alguns caras que de vez em quando fazem listas sobre os filmes mais cruéis, insanos, bizarros e esquisitos já feitos para a telona e entre esses não tem como não mencionar “Subconscious Cruelty”, produção de 1999.
Dirigido pelo canadense Karim Hussain mergulha fundo no inconsciente humano, fazendo aflorar as mais diferentes reações no espectador que vai do assombro ao espanto mesmo para aqueles iniciados nessa macabra cinefilia da insanidade humana.
Não tem como ficar indiferente a intensa brutalidade das cenas mostradas aqui. Mesmo aquelas produções que postei como “Centopéia Humana”, “Nekromantik”, “Campo 731”, ou mesmo os endeusados “O Exorcista” ou os “Sexta-feira 13” da vida são contos da carochinha, histórias infantis perto da obra aqui descrita. Eu disse obra? Bom, deixa assim.
Bem dizendo é um filme perturbador ao extremo, onde o limite não tem parâmetros e não se encaixa em nenhum rótulo tipo trash, gore, terror, etc... etc... A produção flerta com símbolos e tabus como religião, sexo, gravidez, insanidades mentais e de uma forma direta, com objetivo de chocar. Basta dizer que foi censurado em muitos países, o que (e é sempre assim) tornou-se cultuado por um grande número de seguidores e desse tipo de película.
É claro que ao assistir você tem livre arbítrio para deixar o cinema, ficar enojado, perplexo, rir as pencas ou até dormir na poltrona tamanho é o grau de bizarrices, esquisitas, perversões e outros adjetivos.
Já no início um texto diz: “Realidade. Nos pega com seu ciclo de monotonia adormecedora. Envolve nossos sonhos e desejos com muitos obstáculos que se enlaçam com cruel ironia. Tentamos ocultar esta verdade com mentiras tais como o cinema, utilizando-o como um escudo de escape. Uma capa para abrigarmos as dificuldades incessantes lançadas em nossos caminhos. Certas películas podem tratar de absorver nossa energia negativa na esperança de manter nossas emoções obscuras. Porém essa luz não pode apaziguar nossos demônios por muito tempo. E a realidade humana sempre volta a revelar seu horrível rosto muito mais horroroso que qualquer filme que possa intentar retratar”.
Ele parte de um afirmativa cientifica que nos diz que o cérebro humano se divide em dois hemisférios. O direito que controla o instinto, a paixão e a criatividade e o esquerdo que controla a lógica e o aspecto racional.
Dito isto as insanidades tem início. Já na primeira seqüência denominada Ovarian Eyeball, temos um olho extirpado não da face, mas do abdomen de uma mulher viva (será que o diretor andou vendo “Um Cão Andaluz”, de Bunúel).
Na segunda, Human Larvae, um rapaz acompanha a gravidez da irmã, dia a dia, noite após noite, em obsessão doentia e que sente um prazer mórbido ao vê-la fazendo amor com seus parceiros, tipo complexo de édipo irmanal (sic). Em realidade ele gostaria de transar com ela com o intuíto de criar uma nova vida, mas meus pensamentos acabam se desviando para obscuras intenções. Na cena em que ele extirpa o feto da irmã e o coloca sangrando em cima do rosto da mesma mostra não só a atmosfera opressiva da loucura em seu estado mais avançado mas também uma visão psicótica do mundo através de uma menta perturbada.
Na terceira seqüência, Rebirth, sem diálogos, somos levados a um estranho mundo de pessoas amantes, literalmente , da natureza que em rituais pagãos e com muitas cenas sugestivas de felação, estupro fazem sexo com a própria, digo a natureza. Aqui temos o complexo de culpa católico em imagens sacras e até um Cristo atacada por um bando de ninfetas ninfomaníacas. Uau....
Na última seqüência denominada Right Brain, um cara frustrado sexualmente usa a masturbação como a [única forma de satisfação que lhe resta. E não é somente aí que o cara transita, pois seus sonhos são povoados de imagens bizarras onde seu membro é manipulado até sangrar.
Bom, não pretendo adentrar mais nessas bizarrices e se você ta afim de ver um filme blasfemo ao extremo vai encontra-lo em alguma locadora mesmo fazer downloads, com certeza.É óbvio que a exibição em muitos países foi marcada por escândalos, protestos, tendo sido banido em alguns centros, mutilado emoutros e execrado em outros tantos, tornando-o um filme cultuado por muitos seguidores. A crítica, bem essa aqui não interessa muito, pois não está habituada a adentrar no abismo da consciência humana e o que ela tem de mais podre. A música minimalista de Terushiko Suzuki colabora para o clima asfixiante do filme.
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Tópicos:
- Levou cinco anos para ser concluído;
- Durante uma viagem do diretor do Canadá aos Estados Unidos os oiginais foram apreendidos como material ofensivo e nunca liberados. Claro que havia outras cópias;
- Foi proibido em 90% dos países que permitiu uma primeira exibição;
- É um filme amaldiçoado pois na sua única exibição no festival de Cinema FantásticoLitges na Catalunya, alguns “hooligans” cinéfilos provocaram uma briga generalizada nas dependências do festival que resultou em duas mortes e dezenas de feridos;
- Em 2000 o diretor afirmou em uma entrevista que “Saló”, de Pasolini e algo como “A Noviça Rebelde” perto de seu filme.
- Se você fizer login pode assistí-lo no You tube com legendas em espanhol.
A CENTOPÉIA HUMANA. O LIMITE DA MORBIDEZ
De vez em quando aparecem filmes que parecem querer mostrar que são mais escatológicos e assustadores que todos os outros já feitos, então os caras se esmeram em roteiros absurdos, histórias nojentos, repulsivas, pra não dizer, insanas
Portanto, se você “tem um emprego, é o dito cidadão respeitado, e ganha, seja lá o que for por mês”, como diz o Raul Seixas, não veja este filme.... não veja...... veja outro: “Crepúsculo”, “O Senhor dos Anéis”, “Harry Potter”, "Cinderela".
“The Human Centipede: First Sequence”, do diretor holandês Tom Six, de 2009, está além de banhos de sangue, cabeças, decepadas, jovens estupradas, serra elétrica e outras “cositas” mas. Não, não, ele também não tem parâmetros na filmografia de horror antiga ou recente.
Dizem que o diretor teve a idéia quando junto com alguns amigos disse que os pedófilos deveriam ter suas bocas costuradas a bundas de caminhoneiros gordos. Então ta, a partir daí ele escreveu e filmou.
O filme narra a história do Dr. Heiter (Dieter Laser) experiente em separação de crianças siamesas que resolve fazer o contrário. Unir pessoas costurando suas bocas ao ânus de outras e assim fazendo a tal centopéia que via gástrica, demonstraria a viabilidade de sua teoria.. Como já havia realizado a experiência em cachorros, resolve tentar com humanos. E não é que ele consegue. Ainda mais quando no meio da noite duas garotas americanas, perdidas, como sempre, resolvem bater às portas de sua mansão para pedir ajuda. Para completar o trio, ele consegue atrair um japinha pra sua mansão para juntar as garotas. Então temos um médico sádico que fala alemão, o japinha, que óbvio fala japones e as duas garotas americanas. Qualquer semelhança com as experiências nazistas do Dr. Menghelli é pura coincidência, né mesmo......
O filme passou aqui num Fastaspoa, não sei se a quatro ou cinco anos atrás e deixou o pessoal atônito com o que viu. Embora formado por um público experiente e ávido por novidades dizem que na sessão muitos deixaram o cinema. E, cá entre nós, não é lá muito fácil de aturar as quase duas horas de projeção de demências e insanidades do Dr. Heiter, alías, numa interpretação cheia de trejeitos o que torna sua figura mais sinistra ainda.
Então, morbidez à parte, se retroceder-mos à década de 20 teremos outras figuras dementes como o Dr. Caligari, de "O Gabinete do Dr. Caligari", de Robert Wiene, que já mostrava o horror dentro de uma abordagem mental, hipnótica, de controle da mente de humanos forçados a cometer crimes ou então de outros filmes como "The Isle of Dr. Moreau", onde Marlon Brando interpretava um especialista em genética que fazia experiências com humanos e em nome da ciência cometia toda a sorte de atrocidades.
Em realidade o que estava por trás dessas produções é que seus personagens possuiam motivações humanitárias e científicas e que portanto agiam com interesses de bem-estar social, não importando muito os meios que buscavam desde que conseguissem realizar seus intentos, e é nesse aspecto que as justificativas para tais atos deveriam ter sempre um profundo estudo psicanalítico para discussão em qualquer sociedade dita civilizada e talvez aí o homem poderia entender seu semelhante e não repetir barbáries cometidas ao longo de séculos de história
Tópicos:
- O filme foi produzido na Holanda com baixo orçamento.
- Elenco formado por: Dieter Laser, Ashley C. Williams, Ashlynn Yennie, Akihiro Kitamura, Rene de Vite.
- O filme recebeu o Prêmio do Júri, no Austin Fantastic Fest e também como Melhor Filme no Screamfest.
- O diretor também fez as sequências "The Human Centipede II" e "The Human Centipede III".
“MATOU A FAMÍLIA E FOI AO CINEMA”. É MARGINAL ATÉ A MEDULA
Matou a Família e foi ao Cinema é talvez o filme mais iconoclasta que surgiu neste país, em 1969. Dirigido por Júlio Bressane, então com 23 anos e feito em apenas 12 dias, não resistiu muito tempo em cartaz. A censura não deixou. As cenas de violência (ou matar um bebê com um tiro não o é?) deixou o pessoal completamente atônito e praticamente acabou com sua carreira comercial.
Estéticamente era uma produção denominada, à época, de “cinema imperfeito”. Som direto, o que fazia com que muitos diálogos fossem inaudíveis, enquadramentos fora de foco, cenas sem som (pelo menos na cópia com legendas em italiano, que eu assisti e que segundo dizem a única que circula na internet), improvisação ao extremo por parte dos atores que muitas vezes conversam com personagens que não são enquadrados, tudo isso remetia a produção para o estilo “cinema marginal”, que começou a ser feito em São Paulo.
A estória se resume a um cara que vive com os país num minúsculo apartamento e não suporta mais a discussão do casal. Mata os dois a navalhadas e vai ao cinema assistir “Perdidas de Amor”, sobre duas garotas (Márcia Rodrigues e Renata Sorrath) que dialogam sobre o vazio de suas vidas e que acabam se apaixonando, com algumas cenas um tanto quanto avançadas para a época, como selinhos, pegação na banheira e algumas coisinhas mais. Isso cria uma metalinguagem entre as duas histórias, em que o matador e as garotas refletem a desesperança e o vazio de suas vidas, já que elas também acabam se matando. É um filme dentro de outro filme. Mas isso, a princípio, não fica muito claro, ou seja, você fica meio perdidão entre as duas estórias, mas enfim, nada ali é muito explicável.
Ele não é fácil de digerir devido ao que se colocou lá no primeiro parágrafo, as tais “imperfeições”, que assim se apresentam para o telespectador menos desavisado mas que no fundo evidencia uma estética inovadora e agressiva por parte de Bressane que sempre buscou uma linguagem inovadora em seus mais de 30 projetos.
Júlio Bressane começou a filmar ainda criança quando ganhou uma câmera. Foi assistente de direção de Walter Lima Júnior em “O Menino do Engenho”, de 1965, para em seguida participar da criação do cinema marginal junto com Rogério Sganzerla. Dirigiu seu primeiro longa em 1967, “Cara a Cara”. Após fundarem a produtora Belair, produziram em apenas três meses nada menos que sete filmes, entre eles “Matou a.......
Numa entrevista que concedeu em 2012 o cineasta falou: “eu me surpreendo com a minha sobrevivência no cinema. É um milagre sobreviver fazendo filmes criativos. E essa história de cinema marginal é muito comprida e desconhecida. Quem viveu, quem fez, ainda não narrou essa história, continua algo interdito”.
Entre outros Bressane fez “O Anjo Nasceu”, de 69; “Amor Louco”, de 71; “Cinema Inocente”, de 71; “O Mandarim”, de 95 e o premiado “Dias de Nietzsche em Turim”, de 2002.
Portanto, se quiser conferir o famigerado “Matou a Família e Foi ao Cinema”, ele está disponível no You Tube. Mas cuidado, não vai te estresssar....
Só presta atenção pra não pegar o remake de Neville de Almeida, com Cláudia Raia. Aí meu, não resta outra coisa a não ser.... bom deixa pra lá.
QUANDO A MALDADE HUMANA ULTRAPASSA OS LIMITES
The Man Behind the Sun, ou Campo 731: Bactérias – A Maldade Humana, ou Hey Tay Yang, 731, não importa o nome, é um filme produzido pela China/Hong Kong e que mostra a face mais assombrosa da insanidade dos homens que se tem notícias, até porque foi baseado em fatos verídicos ocorridos durante a Segunda Guerra Mundial.
Dirigido por Tu Fei Mon, cujo nome verdadeiro é Godfrey Ho, é uma produção de 1988 feita pelos dois países, com a intenção de mostrar a verdade que se tentou ocultar num campo de prisioneiros mantido pelo Japão no nordeste da China. O Campo 731 era um programa de Guerra Biológica, dirigido pelo médico Shirô Ishi, mantido em segredo até das autoridades daquele país.
Todas as atrocidades possíveis e impossíveis foram cometidas naquele lugar sinistro, onde foram usadas cobaias humanas, principalmente cidadãos chineses, soviéticos e filipinos, que sofreram todo o tipo de degradação e experiências macabras que a mente humana doentia pode perpetrar contra um semelhante.
É um filme difícil de digerir, já que o diretor usou em sua produção, segundo dizem, até cadáveres humanos em cenas de dissecação, animais vivos devorados por ratos, dando uma veracidade atordoante nas cenas mostradas.
As barbáries cometidas iam do congelamento das cobaias expostas em temperaturas abaixo de zero, amputação de membros congeladas estando a pessoa viva, choques elétricos até a morte para conhecer o grau de resistência, câmeras de vácuo onde os intestinos são expelidos pelo ânus, dissecação de pessoas vivas sem anestesia, infectação de vírus e bactérias de toda a espécie como cólera, peste, tifo. Isto tudo era cronometrado, anotado, estudado pelos autores que tentavam buscar sempre o aperfeiçoamento de seus métodos. Se você ouviu falar dos experimentos nazistas, multiplique este aqui por 10 e terá uma idéia da brutal insanidade que foi cometida ali, tudo em nome de um desenvolvimento da guerra biológica.
Na verdade, o Campo 731 era denominado pelas autoridades pelo pomposo nome de Departamento de Epidemias e Purificação de Água. Isto tudo é mostrado de forma direta, seca, sem cortes, quase real, dando um aspecto de semi-documentário, chegando a ser comparada as produções denominadas de snuff, aquelas que buscam mostrar a morte real de pessoas.
Outro dado que espanta é a deque tanto o governo norte-americano quanto o japonês, souberam das atrocidades ali perpetradas, no entanto mantiveram em segredo em troca de informações e dados, chegando inclusive a não divulgar o nome dos torturadores. Só que não tardou muito para os fatos virem a tona através de depoimentos, cadáveres desenterrados, anotações não destruídas e soldados que presenciaram os acontecimentos e que relataram o que se passou nessa macabra unidade.
Bem, então se você tem estômago forte e ta a fim de assistir a uma obra verdadeiramente perturbadora, chocante, demente e por aí afora, este é o filme. Enjoy......
Shirô Ishi
TÓPICOS
- Tun Fei Mon é um diretor chinês que em 1949 se mudou para Taiwan onde freqüentou a escola de cinema desse país. Realizou toda a sorte de filmes desde fitas estilo neo-realismo italiano, de artes marciais, horror, e até pornôs soft.No currículo do diretor constam em torno de 12 créditos.
- O filme teve mais 3 continuações, todas tratando sobre o mesmo tema.
- A Banda de Thrash Metal Slayer se inspirou no filme para compor a música Unit 731.
- No You Tube você encontra o filme em versão espanhol e inglês.
OS OLHOS SEM ROSTO, UMA NOTÁVEL OBRA PRIMA DO TERROR
Ao contrário de Nekromantik, realização calcada no gênero gore explícito, escatológica, esta é uma pequena obra-prima do gênero Thriler psicológico, que flerta tanto com elementos do expressionismo, e acaba como terror explícito, mas sem perder a pompa e a circunstância.
Lês Yeux Sans Visage (Os olhos sem Rosto) , é uma produção de 1960 entre a França e a Itália, foi baseada na obra de Jean Redon e tem na direção Georges Franju, cultuado diretor francês, um dos fundadores da Cinemateca de Paris.
O filme conta a história do Dr. Genessiér (Pierre Brasseur), que carrega a culpa por sua filha Christiane (Edith Scob) ter tido o rosto desfigurado num acidente em que foi causador. Como cirurgião plástico reconhecido, o médico carrega obcecadamente a idéia de fazer um transplante para devolver a beleza da jovem, devastada pela desgraça e que usa uma máscara um tanto quanto grotesca, e que não vê outra saída para sua vida a não ser o suicídio.
Até aqui temos o drama do pai dentro de um plano mental de remorso e culpabilidade, e que muda de figura quando o mesmo, com a ajuda de sua secretária Louise (Alida Valli, excelente) sai a procura de jovens bonitas para que possa fazer um transplante de rosto.
A partir daí o filme passa a explorar as deformidades mais obscuras da mente humana, pois embora seja um respeitado cirurgião chefe do hospital local, na verdade o médico mostra-se um psicopata sem escrúpulos, que não mede esforços em seqüestrar mulheres bonitas da redondeza para levar adiante seu intento, muitos dos quais resultaram em fracassos.
A cena que mostra o médico fazendo uma de suas cirurgias é uma das seqüências mais macabras já vistas em filmes do gênero. Durante 6 minutos vimos o procedimento com um realismo atroz que eleva o filme aos patamares de uma produção gore, escatológica e macabra.
Não precisa dizer que o implante não dá certo, que o novo rosto de Christiane necrosa, que a jovem é tomada de pavor e desesperança, o que martiriza ainda mais a tumultuada relação entre todos os envolvidos na trama.
O final, com o médico sendo devorado pelos cães que mantinha no seu porão é de uma crueldade atroz, quase beirando as produções tipo B de estúdios americanos que faziam este tipo de pelicula à granel.
Vale ressaltar a excelente fotografia em preto e branco de Eugen Schufftan que dá ao filme um ar Noir dentro de uma atmosfera angustiante e grotesca, bem como a atuação dos atores, principalmente Pierre Brasseur, que burila um personagem contido porém ardiloso, afetivo mas psicótico.
O filme não foi bem recebido pela crítica na época, mas com o passar do tempo, como tantos e tantos outros foi se tornando comentado e ressaltado pelos amantes do cinema do gênero.
Vale destacar também e excelente trilha do mestre Maurice Jarre, que pontua com sincronia e perfeição todas as atmosferas exploradas.
Georges Franju nasceu em 1912, em Fougeres na França e morreu em 1987 em Paris e tem em seu currículo 24 longas. Começou em 35 com Lê Metro e seu último filme foi em 74, Nuts Rouge. Antes de entrar na indústria cinematográfica foi corretor de seguros, trabalhou numa fábrica de macarrão e militar na Argélia. Junto com Henri Langlois fundou a renomada Cinemateca Francesa em 1936.
NEKROMANTIK

Trailer: www.youtube.com/watch?v=q8iyMxTeB2Y
Se você é uma pessoa digamos assim dita normal, com escrúpulos, amante da natureza, ética, sensível, não veja este filme. Ele não é pra você. Mesmo que goste de um terrorzinho da Hammer como Drácula, Múmias, Lobisomens, ainda assim, ele não é pra você.
Agora se você você ta se lichando pro parágrafo acima e ta afim de assistir um filme nojento, podre (literalmente), que vai embrulhar seu estômago depois de uma bela feijoada então va em frente.
Lançado em 1987, esta produção alemã dirigida por Jorg Buttgereit conseguiu a proeza de ser banida em vários países sob a alegação de fazer apologia a necrofilia, que é o tema central do filme, o que não impediu, muito pelo contrário, ao longo dos anos o tornou conhecido pelos amantes desse tipo de produção denominada gore e que teve uma legião de seguidores devido a seu impacto visual.
A história mostra o trabalho de uma equipe que trabalha para uma agência que recolhe corpos mutilados em acidentes de carros. Um deles, Joe, tem o gosto um tanto bizarro de levar pedaços desses corpos dilacerados para expor como enfeite em seu apartamento, onde vive com sua namorada Betty, que passa o dia em casa coçando o saco, ops!! Digo, não fazendo nada.
E assim a vida do casal segue tranqüila, monótona, até o dia em que Joe decide levar pra casa um cadáver apodrecido que ele retira do fundo de um rio. Cara, a namorada fica enlouquecida com o novo amiguinho e que, claro, vai apimentar a vida sexual do casal, numa cena, no mínimo insana.
E a vida segue tranqüila, “apimentada” para os pombinhos até o dia em que a namorada decide largar o rapaz e leva o cadáver junto. A partir daí o coisa engrossa, pois o rapaz não quer ser a parte traída e começa a transar enlouquecidamente com as partes de corpos que mantém em casa.
Um dia Joe decide transar com uma mulher, viva, e convida a moça pra ir até o cemitério. Lá suas “preliminares” são um tanto quanto radicais. Depois de tentativas infrutíferas a, digamos assim, disfunção erétil do rapaz faz com que ele estrangule a coitada só então conseguindo seu intento.
Bem a cena final é de uma bizarrice atroz. O cara, talvez atormentado por tanta insanidade decide suicidar-se praticando o ritual hara-kiri, enquanto se masturba. E então, o que achou? Ta a fim de ver?
Claro que existem outras cenas que realmente podem ter um impacto mais devastador como a morte de um coelho que sangra até morrer. Mas aí, se você entrou nessa não sei se a cena vai chocar mais ou menos do que as outras sugeridas.
A verdade é que este tipo de produção, principalmente aquelas feitas na Alemanha na década de oitenta sempre teve um público pontual e seus criadores sempre se lixaram para o falso moralismo da crítica e tocaram em frente seus projetos. Aliás, o filme teve uma seqüência Nekromantik 2, filmada em 91, pelo mesmo diretor, tão escatológica quanto a primeira.